Perfil dos biomarcadores plasmáticos de morbidade na mielopatia associada ao HTLV- 1/paraparesia espástica tropical (HAM/TSP)

Este estudo teve como objetivo avaliar biomarcadores na infecção pelo HTLV-1 que possam indicar a evolução da fase assintomática para mielopatia associada ao HTLV-1/paraparesia espática tropical (HAM/TSP) com base no perfil imunológico. Avaliou-se um painel debiomarcadores em 21 amostras de plasma d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ana Lucia Borges Starling (author)
Format: doctoralThesis
Language:por
Published: 2019
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AD3GCM
Country:Brazil
Oai:oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AD3GCM
Description
Summary:Este estudo teve como objetivo avaliar biomarcadores na infecção pelo HTLV-1 que possam indicar a evolução da fase assintomática para mielopatia associada ao HTLV-1/paraparesia espática tropical (HAM/TSP) com base no perfil imunológico. Avaliou-se um painel debiomarcadores em 21 amostras de plasma de doadores de sangue e em 87 amostras de plasma de individuos infectados pelo HTLV-1, subdivididos em: 27 portadores assintomáticos (AC), 32 possível HAM (pHAM) e 28 HAM/TSP. A análise das curvas cumulativas e dasassinaturas moleculares demonstrou que o grupo HAM/TSP apresentou um perfil próinflamatório mediado por CXCL10/LTB-4/IL-6/TNF-/IFN-, contrabalançado pelas citocinas regulatórias IL-4/IL-10. O grupo AC apresentou uma rede de correlações próinflamatória/ regulatória fortemente interconectada, com IL-4/IL-10 desempenhando um papelcentral. Assim, delineou-se uma assinatura imunológica de inflamação controlada que caracterizou o AC e outra de inflamação sem controle imunológico que caracterizou a HAM/TSP. Destacaram-se os biomarcadores IL-6 e CysLT como estratégicos na classificaçãodo perfil imunológico do indivíduo no espectro da doença. Esses resultados permitiram a construção de um algoritmo para discriminar os indivíduos AC dos pHAM/TSP e HAM/TSP com base nos biomarcadores: IFN-, TNF-, IL-10, IL-6, IL-4 e CysLT. Com esses resultados, utilizando-se a regressão logística, construiu-se a árvore de decisão que poderá ter valor na predição da evolução de infecção assintomática para mielopatia, sendo muito importante em termos de seguimento dos pacientes e de futuras decisões terapêuticas.