AS RELAÇÕES ENTRE O FEMININO E O MAGISTÉRIO NO BRASIL

O texto traz parte das reflexões elaboradas ao longo de uma pesquisa realizada com quatro formadoras de professores(as) de uma instituição pública, cujo objetivo central foi buscar os elementos constituidores de suas identidades e subjetividades. Neste recorte é apresentada uma resumida reconstituiç...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Sousa, Vera Luísa de (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2019
Texto completo:https://doi.org/10.5212/OlharProfr.v.20i1.0003
País:Brasil
Oai:oai:uepg.br:article/12187
Descrição
Resumo:O texto traz parte das reflexões elaboradas ao longo de uma pesquisa realizada com quatro formadoras de professores(as) de uma instituição pública, cujo objetivo central foi buscar os elementos constituidores de suas identidades e subjetividades. Neste recorte é apresentada uma resumida reconstituição histórica do modo como as representações sobre o gênero feminino foram sendo tecidas, numa tentativa de mapear as concepções sobre a mulher formuladas no interior de uma sociedade fundada no modelo europeu que disseminou entre nós o pensamento androcêntrico do universal masculino. Tal retomada foi feita com o objetivo de construir um caminho possível para resgatar o trajeto da inserção do gênero feminino na carreira docente em nosso país. Reconhecer as imagens, fixadas pelo imaginário social, sobre a mulher ajudaram na tarefa de compreender a composição da profissionalidade das professoras no Brasil. O período sobre o qual o levantamento se circunscreve abarca o espaço de tempo situado entre os séculos XVIII e XX, no plano mais geral e no Brasil. A historiografia que trata da mulher, do magistério e da feminização da profissão é o suporte para a compreensão do processo de constituição das identidades e da profissionalidade da mulher-professora. O estudo indicou que, mesmo submetida a forte resistência, a presença feminina no escopo da vida pública e profissional sempre foi uma realidade. Demonstrando que a consciência sobre o papel de sujeito históricoe da história é fundamental - seja para mulheres, seja para homens -, para a compreensão e efetiva participação dos/nos processos históricos.