GEOMORFOLOGIA BRASILEIRA: QUO VADIS?

O presente texto analisa os desafios que envolvem a formação adequada de geomorfólogos no Brasil neste início do século XXI. Parte da premissa que vivemos uma época de massificação e que esta massificação é um obstáculo que precisa ser superado. Neste contexto, após avaliar os fatores internos e ext...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Salgado, André Augusto Rodrigues (author)
Other Authors: Salgado, Lívia Perry Rodrigues (author), Martins, Fernanda Pereira (author)
Format: article
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.5380/raega.v48i0.75000
Country:Brazil
Oai:oai:revistas.ufpr.br:article/75000
Description
Summary:O presente texto analisa os desafios que envolvem a formação adequada de geomorfólogos no Brasil neste início do século XXI. Parte da premissa que vivemos uma época de massificação e que esta massificação é um obstáculo que precisa ser superado. Neste contexto, após avaliar os fatores internos e externos que envolvem a formação do geomorfólogo no Brasil, conclui que a boa instrução depende do avanço da pesquisa de alto nível, mas considera que o sistema Qualis CAPES de avaliação de periódicos prejudica o andamento deste tipo de pesquisa. Conclui ainda que ambos, ensino e pesquisa umbilicalmente relacionados, enfrentam uma série de desafios com destaque para a não desvalorização do empirismo e para a priorização de pesquisas que visem compreender processos de ocorrência global em detrimento das investigações exclusivamente relacionadas a estudos de caso. Pondera que, além desses pontos, existem formas de impactar positivamente a pesquisa e o ensino de Geomorfologia no Brasil. Destacam-se a associação em redes de pesquisa como forma de superar o baixo financiamento e a resistência política frente a movimentos que tentam restringir de forma universal o número de autores por artigo e ou ideologizar as pesquisas científicas. Por fim, considera que vencidos esses obstáculos será possível estabelecer um verdadeiro diálogo internacional e construir no Brasil uma Geomorfologia e uma formação profissional não massificada, densa e original.