Atividade da trans-chalcona in vitro em linhagem celular HuH7.5 de carcinoma hepatocelular humano

O carcinoma hepatocelular constitui 70-85% dos tumores primários de fígado, é o sexto câncer com maior incidência em todo o mundo e a quarta causa de morte relacionada ao câncer. Contudo, o tratamento quimioterápico sistêmico é um desafio, devido aos baixos índices de resposta dessas terapias. Neste...

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Bibliographic Details
Main Author: Elaine da Silva Siqueira (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2019
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000229559
Country:Brazil
Oai:oai:uel.br:vtls000229559
Description
Summary:O carcinoma hepatocelular constitui 70-85% dos tumores primários de fígado, é o sexto câncer com maior incidência em todo o mundo e a quarta causa de morte relacionada ao câncer. Contudo, o tratamento quimioterápico sistêmico é um desafio, devido aos baixos índices de resposta dessas terapias. Neste contexto, a busca por novos compostos com potencial antitumoral e que respondam seletivamente às células cancerígenas tem sido o foco do desenvolvimento de muitos estudos. Dentre eles, a trans-chalcona (TC) (1,3-diphenyl-2-propen-1-one), um composto precursor dos flavonóides que apresenta algumas funções biológicas, como antioxidantes anti-inflamatórios e inibição da proliferação de células tumorais humanas. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi investigar a ação antitumoral da trans-chalcona (TC) sobre linhagem HuH7.5 de carcinoma hepatocelular (CHC). As células tumorais HuH7.5 foram tratadas com TC em concentrações crescentes (12,5-100 µM) nos tempos 24 e 48 horas, a viabilidade celular foi verificada por MTT e a concentração inibitória de 50% das células (IC50 23,66 µM) foi determinada em 48 horas. Foram quantificados a proliferação celular por azul de tripan e microscopia óptica, produção de EROs, despolarização mitocondrial e autofagia, além da análise do ciclo celular e apoptose pelo analisador de células Muse® e marcações imunocitoquímicas de p-p53 e ?-catenina. Os dados mostraram uma ação TC-citotóxica eficaz de maneira dependente da dose e do tempo em baixas concentrações micromolares sem causar toxicidade para células não-cancerígenas, como eritrócitos. O tratamento com TC causou danos na membrana mitocondrial, afetando a expressão do gene supressor de tumor (p-53) e da via de desenvolvimento do tumor (?-catenina), induzindo a morte celular por autofagia. Além disso, o TC diminuiu a capacidade metastática do HuH7.5, interferindo na capacidade de migração / invasão desse tipo de célula.