Resumo: | A Christmas Carol, obra consagrada de Charles Dickens, narrativa originalmente publicada em 1843, na Inglaterra, durante a era Vitoriana, é ainda hoje amplamente difundida no mercado editorial. Trata-se do mais famoso conto de Natal, todavia, há diversos aspectos periféricos ao conteúdo literário em si e que são normalmente alterados entre uma publicação e outra. Esses aspectos envolvem elementos peritextuais, incluindo a capa, que tem caráter mutável e que motiva a presente investigação. O objetivo deste artigo é fazer a leitura, uma descrição-analítica, à luz da História dos Livros, tanto da capa da obra original quanto de outras seis publicações realizadas no ano de 2015. Por meio dessa leitura, procura-se refletir sobre as funções das capas dos livros, que, atualmente, estão estreitamente relacionadas às estratégias do mercado editorial. Este estudo possibilita observar que o desenvolvimento das capas vai muito além da qualidade estética e designs gráficos, uma vez que fatores relacionados ao contexto histórico, econômico e social, por exemplo, estão intimamente ligados. Além disso, observa-se, em especial, a premissa de Barthes (1977) - a relação texto-imagem e texto-leitor - o que contribui fortemente para com a construção de sentido do texto.
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