Talidomida e mieloma múltiplo : verificação dos efeitos terapêuticos através de parâmetros clínico e laboratoriais

Nas duas últimas décadas, houve uma mudança radical na terapia e na evolução do mieloma múltiplo(MM), neoplasia hematológica ainda considerada fatal. As pesquisas e investimentos em medicamentos que interferem com a fisiopatogenia e com o microambiente medular estão permitindo o controle e a regress...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Bittencourt, Rosane Isabel (author)
Other Authors: Almeida, Andréia Dias (author), Bittencourt, Henrique Neves da Silva (author), Onsten, Tor Gunnar Hugo (author), Fernandes, Flavo Beno (author), Friederish, João Ricardo (author), Fogliatto, Laura Maria (author), Astigarraga, Claudia Caceres (author), Paz, Alessandra Aparecida (author), Silla, Lucia Mariano da Rocha (author)
Format: article other
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/62030
Country:Brazil
Oai:oai:www.lume.ufrgs.br:10183/62030
Description
Summary:Nas duas últimas décadas, houve uma mudança radical na terapia e na evolução do mieloma múltiplo(MM), neoplasia hematológica ainda considerada fatal. As pesquisas e investimentos em medicamentos que interferem com a fisiopatogenia e com o microambiente medular estão permitindo o controle e a regressão do clone plasmocitário maligno, mudando as perspectivas da doença. A idéia nova de usar uma droga velha, a talidomida, tem-se mostrado efetiva no MM. Em 1997, apostando nos efeitos imunomoduladores e antiangiogênicos da talidomida, foram iniciados ensaios clínicos para MM refratários. A partir daí, outras ações sobre o plasmócito e microambiente medular foram eficazes contra a doença, não somente em refratários ou recaídos, mas também como terapia de indução e/ou de manutenção da remissão. No Serviço de Hematologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre foram acompanhados 35 portadores de mieloma múltiplo, em uso de doses baixas (100 mg) de talidomida, pelas indicações: 13 – manutenção pós-TMO, 11 – pós-indução, 5 – recaída, 4 – refratariedade e 2 – terapia de indução. O estudo vigorou entre março/01 a dez/03. Os parâmetros avaliados foram: nível Hb, pico da imunoglobulina sérica ou urinária e o número de plasmócitos na medula óssea. As medidas foram tomadas pré-talidomida e após 3, 6 e 12 meses. A taxa de imunoglobulina foi o padrão ouro para avaliação de resposta. Os resultados: a dose terapêutica tolerada em 48% dos pacientes foi 100 mg; 65% dos tratados para induzir remissão (11 pacientes) apresentaram melhora entre 25%-50% no nível da imunoglobulina sérica; 87,5% daqueles que usaram para manutenção de remissão (13 pós-TMO/ 11 pós-indução) mantiveram o mesmo plateau inicial.