Resumo: | Vários estudiosos dedicados ao pensamento de Platão defendem a tese segundo a qual o texto do ateniense é incongruente, contraditório e até mesmo "irremediavelmente estranhoâ€?. Neste artigo, tentamos demonstrar em que medida a crítica ao texto de Platão deve recair não sobre o seu gênio literário ou seu talento filosófico extraordinários - hipótese obviamente absurda -, mas, isso sim, sobre a qualidade do intérprete e do método usado para estudar o pensamento do filósofo. Aqui, entre outras coisas, analisamos, com base em trechos emblemáticos dos próprios diálogos, o conceito platônico de "escrito-jogoâ€?, verdadeiramente fundamental para a compreensão das aparentes desarmonias do texto platônico.
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