Dimensões normativas do individualismo e coletivismo: é suficiente a dicotomia pessoal vs. social?

Previamente tem sido sugerida a relação do individualismo e coletivismo com os valores humanos. Não obstante, são escassas as pesquisas que visam comprová-la empiricamente. O presente estudo objetivou conhecer os valores humanos que melhor descrevem as dimensões destes construtos (individualismo ver...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gouveia,Valdiney V. (author)
Other Authors: Andrade,Josemberg M. de (author), Milfont,Taciano Lemos (author), Queiroga,Fabiana (author), Santos,Walberto Silva dos (author)
Format: article
Language:por
Published: 2003
Subjects:
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722003000200002
Country:Brazil
Oai:oai:scielo:S0102-79722003000200002
Description
Summary:Previamente tem sido sugerida a relação do individualismo e coletivismo com os valores humanos. Não obstante, são escassas as pesquisas que visam comprová-la empiricamente. O presente estudo objetivou conhecer os valores humanos que melhor descrevem as dimensões destes construtos (individualismo vertical, individualismo horizontal, protoindividualismo, individualismo expressivo, coletivismo vertical e coletivismo horizontal). Participaram 304 pessoas, membros da população geral e estudantes do ensino médio e universitário. A maioria foi do sexo feminino (62,5%), com idade média de 29 anos. Estes responderam a Escala Multi-Fatorial de Individualismo e Coletivismo e o Questionário dos Valores Básicos, além de perguntas sócio-demográficas. Verificou-se que o individualismo pode ser melhor caracterizado pelos valores pessoais, enquanto que o coletivismo expressa uma ênfase nos valores sociais. No que se refere às dimensões do individualismo e coletivismo, estas foram correlacionadas de modo diferenciado com certos valores básicos, permitindo identificar um tipo específico de orientação social. Estes resultados foram discutidos com base na literatura da Psicologia Social Trans-Cultural, evidenciando-se sua importância para compreender o individualismo e coletivismo.