| Summary: | Os telhados verdes são uma interessante alternativa para minimizar os impactos ambientais causados pela construção civil em grandes centros urbanos. Esta tecnologia, além de harmonizar o ambiente construído com a natureza, proporciona estética visual, melhoria no conforto térmico e acústico na edificação, oferece espaço para lazer e convivência, habitat natural para animais e plantas e é capaz de mitigar problemas típicos das grandes concentrações urbanas, tais como a poluição do ar, o aumento da temperatura pelo efeito da ilha de calor e ainda reduzir o escoamento superficial de águas pluviais, diminuindo os problemas com inundações. Apesar de muitos estudos realizados abordando as técnicas construtivas e suas vantagens para a edificação, bem como para seu entorno, pouco se estudou sobre as ações de gestão e manutenção e possíveis manifestações patológicas que podem acometer a edificação com este sistema. No Brasil a tecnologia ainda é pouco utilizada e, portanto, diante da pouca experiência nacional surge a motivação para este estudo que resultou em um conhecimento sobre os aspectos para implantação e principalmente, pós implantação, contribuindo para a consagração desta técnica em nosso país. Para tanto, realizou-se um levantamento do estado da arte e dos procedimentos necessários após sua implantação no âmbito de sua gestão e manutenção, com posterior incursão pelas principais manifestações patológicas que podem acometer o telhado verde e consequentemente a edificação na qual está implantado, bem como pelas técnicas e práticas construtivas recomendadas por publicações internacionais. Em seguida aplicou-se o método de pesquisa de campo em edificações dotadas de telhado verde na cidade de Belo Horizonte, MG, Brasil, conhecendo as técnicas construtivas e as ações de gestão e manutenção empregadas e averiguação e identificação das possíveis anomalias relatadas na literatura. Os estudos de campo foram realizados entre os dias 01/outubro/2018 e 20/agosto/2019 e foram constatados problemas como morte de vegetação, compactação do substrato, áreas sem cobertura vegetal, avanço de vegetação, raízes e rizomas em áreas protegidas, umidade ascendente e negativa e fissuras em paredes e platibandas. Apesar de a literatura apontar as vedações horizontais como sendo o segundo elemento construtivo a apresentar maior número de anomalias numa edificação, as inspeções in loco mostraram que os problemas mais recorrentes nos telhados verdes se concentram essencialmente na própria vegetação e não na cobertura propriamente dita, porém, a falta de inspeções periódicas com planos de manutenções preditivas, preventivas e corretivas pode propagar anomalias para a construção. Tais procedimentos são de suma importância para a longevidade do sistema, o que eleva os custos de sua implantação.
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