Predação de Mellita quinquiesperforata (Clarck, 1940) (Echinodermata: Echinoidea) por jovens de Cassis tuberosa Linnaeus, 1758 (Mollusca: Gastropoda), em condições de laboratório

Na praia de Redonda, Município de Icapuí (Estado do Ceará), encontram-se frequentemente jovens indivíduos de Cassis tuberosa Linnaeus, 1758 predando Mellita quinquiesperforata (Clarck, 1940). Neste trabalho foi analisado o comportamento predatório de indivíduos jovens de C. tuberosa sobre M. quinqui...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pequeno, Ana Paula Leite Cavalcante (author)
Other Authors: Cascon, Helena Matthews (author)
Format: article
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/54396
Country:Brazil
Oai:oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/54396
Description
Summary:Na praia de Redonda, Município de Icapuí (Estado do Ceará), encontram-se frequentemente jovens indivíduos de Cassis tuberosa Linnaeus, 1758 predando Mellita quinquiesperforata (Clarck, 1940). Neste trabalho foi analisado o comportamento predatório de indivíduos jovens de C. tuberosa sobre M. quinquiesperforata . Os predadores e as presas foram coletados na faixa intertidal e levados para laboratório. Cada Cassis tuberosa jovem foi colocado com vinte indivíduos adultos de Mellita quinquiesperforata em um aquário de 60 litros. Durante o experimento o número de presas consumidas foi registrado e os indivíduos predados eram repostos. Este experimento durou um mês e foi replicado cinco vezes sob temperatura de 28ºC. Foram registradas a posição e as dimensões dos orifícios causados pela predação de C. tuberosa sobre M. quinquiesperforata. Os orifícios mediam de 4 a 5 mm de diâmetro e tinham marcas da rádula em suas bordas. Foi encontrada, em cada presa, uma mancha escura ao redor do orifício, provavelmente devido à reação do no carbonato de cálcio da carapaça da presa ao ácido sulfúrico do predador. Não foi observada estatisticamente preferência na predação entre o lado aboral e o oral da presa, mas a maioria da predação ocorreu na superfície oral próxima da boca. O mecanismo de defesa da presa observado foi baseado em estratégias comportamentais, tais como fuga.