As tradições do patriarcalismo nas obras A casa de Bernarda Alba, de Federico Garcia Lorca e Como água para chocolate, de Laura Esquivel

Nas obras A casa de Bernarda Alba, do escritor espanhol Federico García Lorca, escrita em 1936 e Como água para chocolate, da escritora mexicana Laura Esquivel, publicada em 1989, é notado que os autores, apesar da distinção do tempo que suas obras apresentam, abordam uma temática similar, que consi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Dutra, Sandra Cristina Pereira (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24192
Country:Brazil
Oai:oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/24192
Description
Summary:Nas obras A casa de Bernarda Alba, do escritor espanhol Federico García Lorca, escrita em 1936 e Como água para chocolate, da escritora mexicana Laura Esquivel, publicada em 1989, é notado que os autores, apesar da distinção do tempo que suas obras apresentam, abordam uma temática similar, que consiste nas tradições e como as mesmas influenciam no comportamento dos indivíduos. Nessas tradições, em ambas as obras são abordados o luto e o patriarcalismo como forma de castrar e reprimir os desejos das filhas das matriarcas, através de imposições e humilhações. Neste trabalho, que apresenta uma comparação entre as duas obras, pretende-se analisar as tradições do patriarcalismo e o seu desdobramento no universo feminino, procurando identificar a inversão de papéis matriarcalismo vs. patriarcalismo nas obras descritas. Estudo baseado em pesquisa bibliográfica, utiliza autores como Eric Hobsbawm e Terence Ranger (2002), com suas discussões sobre a origem das tradições; Friedrich Engels (2000), analisando como foi o surgimento das famílias e como as imposições foram tomando conta delas; Gerda Lerner (1990), e seus estudos sobre a criação do patriarcalismo; Maurice Halbwachs (2006), analisando a memória coletiva; Pierre Bourdieu (1989; 2012) e seus estudos sobre a dominação masculina e o poder simbólico; Sigmund Freud (1913; 1948) e suas reflexões a respeito dos tabus na regulamentação da sociedade; Simone de Beauvoir (1960) e seu estudo sobre a mulher, entre outros. Espera-se como resultado desse estudo a compreensão de como a tradição do patriarcalismo influenciou o comportamento do indivíduo nas sociedades retratadas nas obras analisadas.