Summary: | Esta dissertação parte da observação de práticas institucionais experimentais que se concentraram principalmente na Europa, a partir dos anos noventa. Tais experimentações buscaram reestruturações institucionais, prezando pelo engajamento do público em suas atividades, além de fazer frente a modelos pautados no entretenimento e no espetáculo, de modo a contrariar tais premissas, e tendo como referência exposições experimentais paradigmáticas realizadas a partir dos anos sessenta, bem como práticas da Crítica Institucional do mesmo período. No entanto, várias dessas instituições experimentais enfrentaram problemas para manter suas atividades, com cortes de financiamento e ate mesmo, em alguns casos, o encerramento de suas atividades. Diante disso, tomamos como objeto de estudo o caso do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA), reconhecendo, em sua história, um período notavelmente marcado por propostas experimentais, sob a direção de Manuel Borja-Villel, a fim de rastrear a continuidade, ou não, de propostas nesse sentido nas gestões seguintes, de Bartomeu Marí (2008-2015) e Ferran Barenblitt (desde 2015), bem como possíveis dificuldades enfrentadas para sua manutenção e desenvolvimento. Avalia-se, por um lado, a possibilidade de que figuras específicas de liderança, no caso os diretores das instituições, são cruciais para a implementação e sustentação das propostas diante dos diversos atores que coexistem dentro das estruturas institucionais, como membros de Conselhos e fundações. Por outro lado, considera-se também o papel desses órgãos na tomada de decisões dentro da instituição, diante dos quais o diretor pode ter sua autonomia limitada
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